segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Reforma no Mercado do Peixe vai incentivar comércio do pescado na capital



“O nosso desejo é de voltar a garantir o crescimento das vendas dos pescados e de proporcionar um ambiente saudável e higienizado aos nossos fregueses. A reforma potencializará comercialização do pescado na capital. Espero que seja um atrativo para que a gente volte a vender 150 a 200 quilos de peixes e frutos do mar por dia.” É dessa forma que o vendedor Pablo Fernando Lopes, de 21 anos, vendedor no Mercado do Peixe, prevê dias melhores e com lucros no setor pesqueiro. O espaço está recebendo uma grande reforma realizada pelo Governo do Maranhão. Boa parte já está pronta.
Pablo trabalha desde os 12 anos com a família no Mercado do Peixe e diz que, antes de ser abandonado pelas gestões passadas, o mercado era cheio de clientes. “No começo do mercado a gente vendia muito, tanto que tinha que ajudar nas vendas com meus familiares. Já tem alguns anos que a gente não consegue vender essa quantidade [150 a 200 quilos] de pescado diariamente”, afirma.
Agora, o jovem vendedor conta que a reforma do mercado vai dar um novo gás para quem extrai o sustento do espaço e para quem vem em busca do alimento: “ Os próprios fregueses devem frequentar com mais intensidade o mercado, depois dessa melhora. Outro ganho é que todos nós trabalharemos padronizados, com farda, com bata e bota, o que nos dá mais segurança e mais comodidade”.

Em outro boxe, o vendedor Francisco Silva Júnior, de 49 anos, também comerciante desde a inauguração do mercado, diz que a precariedade do espaço vinha desestimulando muitos comerciantes a dar continuidade ao trabalho. “Essa reforma chegou em uma hora certa. Esse mercado já gritava por socorro. O Governo atendeu as nossas solicitações. Esse telhado era o mais precário de tudo. Uma parte dele já tinha caído, e com a chuva, o nosso medo era de o restante cair sobre a gente”, afirma.
Para João Lobato Machado, de 60 anos, dono do boxe de número 42,  a preocupação com o local era por se tratar de um espaço de comercialização de alimentos. “A  gente que trabalha com mercadoria alimentícia tem que ter qualidade e higiene suficiente para que o cliente desperte o interesse no produto”, conta.
“Acredito que, com essa obra, teremos um crescimento no ambiente e que vai refletir na mercadoria. O mercado do Peixe terá uma outra cara e uma frequência maior de visitantes”,  relata.

Mudanças

Na reestruturação do novo espaço estão sendo feitos novos banheiros com adaptações para Portadores de Necessidades Especiais, a modernização completa dos 64 boxes, a revisão das instalações elétricas e hidráulicas, a troca de piso e teto, e os ajustes na câmara de armazenamento de gelo. A obra se estende à urbanização do entorno, com disciplinamento de carga e descarga dos produtos.
Por ser inserida no conjunto de patrimônio histórico do estado, as fachadas dos boxes são tombadas, limitando apenas à restauração, não podendo as peças de azulejos serem trocadas por novas. Já a parte interna dos boxes estão recebendo novas cerâmicas, mantendo a harmonização dos espaços.
Além de valorizar a produção pesqueira maranhense, a reestruturação garantirá a segurança e comodidade para quem utiliza a área, segundo a engenheira civil responsável pela obra do Mercado do Peixe, Adriene Sousa.
“Tudo que está sendo feito aqui é para dar uma estrutura digna e segura para quem utiliza o espaço. O trabalho está sendo realizado de forma que os comerciantes não tenham seus serviços paralisados. Pegamos os boxes que estavam parados e realocamos as primeiras 16 pessoas que tiveram seus boxes reformados nesta fase”, antecipa.

A obra está sendo realizada pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra), e foi dividida em duas fases. A primeira está em ritmo acelerado e tem prazo de entrega para outubro deste ano. “Toda a área de 860 metros quadrados foi dividida em quatro quadrantes. Em um mês e meio, entregaremos mais 16 boxes já reformados. Paralelamente a isso, estamos recuperando toda a estrutura metálica do telhado, construindo a laje da sala dos refrigeradores, construindo uma sala de administração, uma sala de câmara de gelo e uma sala para o zelador do mercado. Estamos colocando um piso de maior resistência”, explica a engenheira.
Neste primeiro momento as equipes estão restaurando os boxes, teto, calhas pluviais e o esgoto que estava entupido.  Nesta primeira fase também serão feitas as revisões da grade de proteção metálica, a recuperação do reservatório elevado, a pintura do reservatório elevado, a revisão das instalações hidrossanitárias e das instalações elétricas.

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