A
agroecologia alia a produção no campo com o uso e conservação dos
recursos naturais, por meio de práticas ecologicamente adequadas, acesso
à terra e valorização do conhecimento tradicional. No Maranhão, a
produção agroecológica é uma característica das propriedades assistidas
pelo Programa Agropolos, sobretudo pelo uso do biofertilizante Verdão,
desenvolvido pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima).
Mais de 60 mil litros de biofertilizante já foram distribuídos e agora a
secretaria vem ensinando os agricultores a produzirem o próprio
biofertilizante.
Nos Agropolos da Ilha e do Rio Balsas, já foram
realizadas capacitações para técnicos e produtores, com aspectos
teóricos e práticos. Na Exposição Agropecuária de Imperatriz (Expoimp), a
oficina também será realizada, contemplando os agricultores do Agropolo
Rio Tocantins.
Márcio de Souza, técnico da Raposa, participou
da oficina e ressaltou a importância de disseminar essa tecnologia, para
modificar o costume do uso de agrotóxico. “A oficina foi muito
gratificante, por que trouxe um conhecimento mais amplo sobre
biofertilizantes e agroecologia. Agora precisamos ser multiplicadores e
colocar em prática, pois sabemos que muitos agricultores ainda tem a
cultura do uso do agrotóxico e novidades essa precisam ser
introduzidas”, disse.
Composto de adubos orgânicos, como esterco
bovino e de frango, vegetais diversos, como bananeira e cana de açúcar,
rapadura e aceleradores biológicos de compostagem, o Verdão deixa as
frutas mais robustas, suculentas e atraentes e as hortaliças com verde
mais vivo e surgiu da necessidade de uma solução de baixo custo e alta
rentabilidade para recuperação de solos desgastados.
“Estamos
sempre buscando alternativas que permitam aos agricultores aumentar sua
produção, de forma sustentável e de baixo impacto na renda de cada um
deles e o biofertilizante cumpre bem esse papel”, reforça o secretário
da Sagrima, Márcio Honaiser
Além disso, com o uso contínuo do
Verdão, é possível obter produtos agrícolas mais saudáveis, manter o
equilíbrio da natureza, preservando a fauna e os mananciais de águas e
aumentar a resistência da planta contra a ocorrência de pragas. Pedro
Paz Tolentino, agricultor do Agropolo Rio Balsas, já vai começar a
produzir o próprio biofertilizante. “Já temos a maioria dos materiais
aqui, daí pedimos só o acelerador. Não vamos ficar na teoria, já vamos
testar, porque é mais barato que comprar”, disse.
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