domingo, 24 de maio de 2015

Nair Portela e Fernando Carvalho: porque “a vida é combate”!

Por Fábio Palácio Azevedo
 No próximo dia 27 a comunidade acadêmica da Universidade Federal do Maranhão vai às urnas opinar sobre os destinos da principal instituição de ensino superior de nosso estado. Em jogo a continuidade de uma trajetória vitoriosa, que nos últimos anos alçou a UFMA a posição de destaque entre as universidades federais.
O processo de escolha da nova administração de há muito extravasou os muros da Universidade para ganhar ruas e espaços públicos de São Luis e das principais cidades do estado. Seja nas rodas de conversa, nos autocolantes que enfeitam automóveis ou nas veiculações da imprensa local, o processo mostrou-se capaz de galvanizar o interesse da população de maneira talvez inédita, provando-se assunto de relevância para todo o Maranhão. Não podia ser diferente: no momento em que nosso estado, após décadas de desmandos e atraso, avança decididamente – sob a firme liderança do governador Flávio Dino – rumo à superação do modelo oligárquico, o papel da Universidade precisa ser realçado. Não será possível crescer economicamente e superar as chagas da pobreza e do analfabetismo sem as soluções técnico-científicas, os processos de afirmação e modernização cultural e a formação de recursos humanos de alta qualificação protagonizados em nosso estado pela UFMA.
É nesse contexto que se colocam as candidaturas de Nair Portela a reitora e de Fernando Carvalho a vice-reitor. Herdeiras do vitorioso processo de desenvolvimento institucional inaugurado ainda em 2007, primeiro ano da inovadora gestão de Natalino Salgado, essas candidaturas, construídas de maneira ampla e democrática, encontram-se alicerçadas nos mais variados segmentos que constroem o dia a dia da universidade: estudantes de graduação e pós-graduação, funcionários técnicos e administrativos, professores efetivos, substitutos e visitantes, ativos ou aposentados, das mais variadas colorações políticas e ideológicas. Não se trata, pois, das candidaturas de um único segmento. Não se trata, igualmente – ao contrário do que vemos em setores da oposição –, de candidaturas alienígenas, vinculadas a um partido político ou a interesses exteriores aos da própria instituição. Por suas histórias de vida, seus exemplos de dedicação e compromisso institucional, Nair Portela e Fernando Carvalho são os candidatos de todos aqueles que defendem o processo largo de mudanças vivenciado pela Universidade nos últimos anos. Nair e Fernando são as candidaturas do partido da UFMA!
 Não deixa de ser curioso constatar a existência, no campo – fragmentado, diga-se – da oposição, de uma chapa que traz no próprio nome a palavra democracia. No debate eleitoral ora travado, tem sido muitas vezes necessário explicitar o que realmente devemos entender por democracia. Pois, em mentes autoritárias, o termo está sempre pronto a assumir sentido inquisitório – como se não passasse de um porrete a ser brandido por aqueles que não toleram vozes discordantes.
Democracia de verdade é expandir o ensino superior, com inovação e inclusão social. É ampliar a infraestrutura física da Universidade, multiplicando prédios e instalações, bibliotecas e acervos, equipamentos de ensino, laboratórios de pesquisa. Democracia é promover o crescimento acadêmico da instituição, com a expansão e interiorização dos cursos – presenciais ou à distância – e a criação de novos programas de pesquisa e pós-graduação. Democracia é promover esse crescimento com qualidade, fazendo-o acompanhar-se da elevação dos percentuais de mestres e doutores no corpo docente (hoje em mais de 90%); do desenvolvimento de novos grupos de pesquisa; da ampliação de projetos de pesquisa e extensão; do aumento nos índices de registro de patentes e de publicações em revistas indexadas e “qualisadas”.
Democracia de verdade é diversificar a prestação de serviços à sociedade, por meio de iniciativas como as parcerias em prol do patrimônio histórico, o novo Centro de
Empreendedorismo, a Casa de Justiça Universitária ou a alvissareira TV UFMA. Democracia é fazer crescer verbas e programas de assistência estudantil. É colocar a Universidade a serviço do combate ao analfabetismo e da formação de professores para a educação básica. Democracia, ainda, é envolver as comunidades do entorno – em particular as da área Itaqui-Bacanga – no debate sobre a Universidade. Tudo isso tem sido prática constante nas gestões de Natalino Salgado. Tudo isso terá sequência nos próximos anos, pois, em um só termo, como afirma o lema de campanha de Nair e Fernando, democracia é consolidar avanços e vencer desafios!
É fácil repetir, como fazem setores da oposição, que as mudanças da Universidade teriam sido apenas fruto de investimentos federais, realizados em particular por meio do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Instituições Federais de Ensino Superior (Reuni). Tal argumentação – que se trai a si própria ao reconhecer os imensos avanços dos últimos anos – pretende negar os esforços e a capacidade política e administrativa da gestão encabeçada por Natalino Salgado. Trata-se, na verdade, de um argumento arrogante e eleitoreiro, que subestima não apenas a inteligência e as capacidades locais, mas, sobretudo, o senso de oportunidade e o pendor desenvolvimentista dos atuais gestores da UFMA.
Porém, há um fato que torna o argumento ainda mais esdrúxulo. O mesmo grupo que hoje atribui as transformações das estruturas acadêmicas a decisões federais de investimento esquece-se de dizer que se posicionou de maneira contrária a esses investimentos, como revelam as atas de reuniões do Conselho Universitário da UFMA. Ora, só quem está menos preocupado com a UFMA e mais atento aos interesses partidários de forças de oposição ao atual governo federal poderia posicionar-se dessa maneira. Cabe perguntar: se a situação atual do país, de crise econômica e ajuste fiscal, vier a ser superada em breve – é isso o que todos esperamos – e um eventual programa Reuni II for lançado, como se posicionará esse grupo? Será capaz de uma autocrítica sincera e apoiará um novo ciclo de investimentos em nossa Universidade? Ou continuará aferrado a uma posição que a realidade, impiedosa, revelou equivocada?
No momento mesmo em que o Maranhão dá passos firmes no sentido de romper com o passado oligárquico, é necessário lutarmos por uma Universidade Federal ainda mais fortalecida, capaz de jogar papel efetivo na construção de um novo modelo de desenvolvimento para nosso estado. Em um momento de crise econômica, que prenuncia tempos difíceis, essa batalha exigirá a unidade de todos os interessados em derrotar quaisquer propostas de cortes e contingenciamentos de verbas, preservando os avanços anteriores e avançando no rumo de mais e melhores conquistas. Candidaturas agregadoras por sua própria natureza, pois que nascem da vontade e do trabalho da comunidade acadêmica, Nair e Fenando são os únicos realmente capazes de construir a mais ampla unidade em defesa da educação e da ciência.
Essa mensagem certamente ecoará para além dos corredores do Bacanga, alcançando todos aqueles efetivamente interessados nessa luta, acima de colorações ideológicas ou inclinações político-partidárias. Não estamos diante de uma luta qualquer: trata-se da batalha para que nossa Universidade continue avançando e não retroceda jamais. Pensando bem, essa luta – a mesma que conduzirá à vitória as candidaturas de Nair e Fernando – já se encontra muito bem inscrita no brasão de nossa Universidade: “A vida é combate!”.
* Jornalista, professor adjunto do Departamento de Comunicação da Universidade Federal do Maranhão. Diretor nacional da Fundação Maurício Grabois.

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