segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Discurso na manhã de hoje do Dep Pinto Itamaraty sobre a campanha pela PAZ e pela VIDA.



Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,

A violência está entre os principais problemas da sociedade que, além dos custos intangíveis, apresenta grandes despesas econômicas. O Brasil gasta mais de 5% do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todas as riquezas produzidas, para enfrentar esse problema social. 

De acordo com o Mapa da Violência 2012, divulgado pelo Ministério da Justiça, foram registrados 49.932 homicídios no Brasil em 2010. O número representa média de 26,2 assassinatos para cada grupo de cem mil habitantes, o que coloca o país entre os mais violentos do mundo. Segundo levantamento do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), entre 2011 e 2012, os homicídios por impulso e por motivo fútil representaram entre 25% a 80% dos crimes cometidos, dependendo do estado.

Fica evidente, portanto, os altíssimos índices de crimes por motivos banais, como briga de trânsito, entre torcidas rivais, entre marido e mulher, dentre tantas outras. Por isso, se torna tão importante a campanha ‘Conte até 10’ que tem o foco de conscientizar a população para evitar atitudes e reações contra a vida em situações de conflito.

A campanha, lançada pelo Ministério Público, traz lutadores famosos do MMA como Anderson Silva e Júnior Cigano e os judocas campeões olímpicos Sarah Menezes e Leandro Guilheiro, a ideia é plantar a semente da tolerância, do diálogo e da compreensão. 

Quantos homicídios ocorrem em função da banalização da violência, da falta de tolerância, da ação impensada no momento da raiva? E quantos poderiam ser evitados? São casos, na maioria das vezes, de pessoas que nunca haviam matado, que perdem o controle emocional numa situação de conflito e acabam por cometer o crime.

Para citar apenas o Maranhão, a taxa de violência cresceu 11,2% em 12 meses. A média de assassinatos no Estado atingiu a marca de 43,1 a cada grupo de 100 mil habitantes. 


No final do mês de novembro (25), tive a honra de participar, e participarei sempre, de caminhadas e ações que promovam a cultura de paz, que visem reduzir homicídios e combater às agressões contra a mulher e a banalização da violência. Assim, venho parabenizar a organização nacional e regional da campanha, no qual cito um dos seus atuantes coordenadores, o promotor de justiça Cláudio Cabral Marques. Reafirmo, portanto, minha parceria nessa luta. Contem sempre comigo para a disseminação da cultura da tolerância, da paz e pelas campanhas de valorização da vida.

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