segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Comissão vai investigar desaparecimentos e mortes de jornalistas



Agência Brasil

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) vai criar uma Comissão da Verdade, Memória e Justiça dos Jornalistas, que será instalado durante o Seminário Internacional de Direitos Humanos e Jornalismo, marcado para os dias 18 e 19 de janeiro de 2013, em Porto Alegre.

O objetivo é registrar os casos de jornalistas mortos e desaparecidos, além dos que foram perseguidos, ameaçados, indiciados em processos, condenados, exilados, presos e torturados na ditadura militar.

Em 2012, 119 jornalistas foram mortos, o maior número desde que o Instituto Internacional de Imprensa (cuja sigla em inglês é IPI) começou a pesquisar o assunto, em 1997.
Na América Latina, foram registradas 22 mortes de jornalistas. O país considerado mais perigoso para o exercício da profissão é o México, onde sete profissionais foram assassinados.

O Brasil, Honduras e a Colômbia também são citados no relatório do IPI. No Brasil, houve quatro mortes, em Honduras, três, e na Colômbia, duas. No Maranhão, neste ano de 2012, foi registrada a morte do jornalista Décio Sá.

A Comissão Nacional da Verdade da categoria, que foi aprovada no 35º Congresso Nacional dos Jornalistas, será composta pelos jornalistas Audálio Dantas (SP), Nilmário Miranda (MG), Rose Nogueira (SP), Carlos Alberto Caó (RJ) e Sérgio Murillo de Andrade (SC), que vai coordenar a comissão.

Ao final dos trabalho a comissão deve produzir uma publicação especial e encaminhar o resultado à Comissão Nacional da Verdade (CNV) até agosto do próximo ano.

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