segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Castelo encantado....


No fundo do mar tem o Castelo que é do rei Sebastião, tem mandinga tem segredo, meu amor eu tenho medo de brincar de assombração”. De fato, parece que o Castelo encantado, está a assustar a população Ludovicense. Um rápido passeio pelo seu interior revela as marcas de um passado sombrio, marcado por massacre a juventude, traições políticas e acima de tudo desrespeito à inteligência daqueles que nele habitam.
Suas paredes, erguidas a base de sal, mantêm constante a umidade que somadas ao calor tropical desta ilha, torna um inferno a vida de qualquer cidadão, lentidão no trânsito, sujeira e mal cheiro são apenas sintomas corriqueiros. Suas masmorras aprisionam o progresso de mais de duas gerações passadas e futuras e de quebra, a prosperidade de toda uma Ilha. A falta de memória também é outra característica notadamente singular deste inóspito lugar, as pedras que serviram a sua construção, hoje recebem desdém. Porém nem tudo são mazelas, o bobo da corte desempenha um papel extraordinário, um desempenho tão fenomenal que se a justiça fosse a marca deste Castelo, seu titulo não seria bobo e sim gênio.
Só mesmo um competente ilusionista, para realizar com maestria a levitação de um trem que vai de um lugar para lugar nenhum. Também obra deste ilusionista, causa perplexidade a extensão de uma estrada na qual trezentos metros se transformam em três quilômetros, para delírio da garotada, pois somente uma mente infantil vibra com essas coisas, o ilusionista conseguiu com apenas três palavras transferir alguns buracos e crateras para cidades próximas. Depois desse todo esse show de ilusões, não se assustem caso seja proposta a construção de um aeroporto para Objetos Voadores Não Identificados (OVNI), ou até mesmo uma ponte ligando uma cidade litorânea a uma base espacial, o quem sabe como num jogo de ilusões e realidade, ser um pretérito Sarney e hoje se colocar contra isso.
Como visto, a característica dessa gente é produzir e acreditar nas lendas, o problema é que acreditaram tanto, que até mesmo já se tornaram uma e, como já se sabe, as lendas existem enquanto se acredita nelas.

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